As superstições de final de ano e o que realmente importa!

Entramos no último mês do ano. Daqui a 31 dias, daremos adeus a 2019 e celebraremos 2020. Cada término de ciclo carrega um rito, e o Ano Novo está repleto deles!

No Brasil, então, temos uma lista de ritos – ou superstições – que replicamos a cada ano, todos os finais de anos: pular sete ondinhas, usar roupa branca, comer lentilha (nem pensar em comer frango!), fazer oferendas a Iemanjá, usar lingerie colorida, colocar folha de louro na carteira, brindar com espumante, entre tantas outras! Mas cada país no mundo tem a sua maneira bem própria de dar as boas vindas ao ano que inicia!

No Canadá, por exemplo, os mais supersticiosos costumam praticar o que chamam de “mergulho do urso polar”. Bom, só pelo nome já dá pra ter uma ideia da loucura! Sim, com o friozasso que faz por lá nesta época do ano, o pessoal resolve entrar nas águas gélidas pra dar um mergulho como forma de estimular a cumprir as promessas feitas no ano novo.

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Na Holanda também é comum o mergulho gelado, mas os holandeses somam a isso o hábito de fazer fogueiras públicas para queimar árvores de Natal a fim de trazer mais sorte e prosperidade.

Se você quer afastar os maus espíritos e trazer sorte ao ano que inicia, bata um pão (sim, você não leu errado!) nas paredes da casa durante a virada do ano, caso você more na Irlanda!

Se você estiver na Dinamarca, quebre louças na porta das casas de quem você gosta e já aproveite para deixar um pratinho de comida ao lado. Quanto mais cacos e quanto mais comida, mais amigos aquele morador tem. É status de amigão da galera!

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No México, você verá outra coisa nas portas das casas: um bonequinho de ovelhinha. Mas tem que ter sido um presente, caso contrário não vale. E, para dar mais sorte para o ano que chega, essa ovelhinha pode ser turbinada com fitas de cores. Quer mais sorte ainda? Um sininho!

Em terras espanholas, a chegada do novo ciclo pede que se comam doze uvas, uma para cada badalada do relógio à meia-noite, na esperança de um ano repleto de sorte.

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Na Romênia, todos os humanos ficam bem quietinhos na virada do ano para ouvirem seu animalzinho de estimação. É exatamente isso! O tipo de som emitido pelo bichinho vai indicar que tipo de sorte você terá ao longo do ano. Eu, hein? Que estranho!

O ritual da virada finlandês é um tanto quanto exótico. As pessoas derretem peças de metal e jogam em baldes de água fria para o material solidificar. Acredita-se que a formato das peças traz previsões sobre o novo ano e o futuro. Tipo a nossa borra de café brasileira!

Na África do Sul, cuidado ao passar por baixo de uma janela! Por lá, o pessoal costuma jogar móveis e objetos antigos para deixar para trás energias ruins e iniciar o ano com novidades e perspectivas.

Se você estiver por Cuba, ande também com cuidado pelas ruas, porque o pessoal costuma jogar baldes de água pelas portas e varandas para fazer “limpezas” espirituais.

Se você quer afastar energias ruins na Escócia, gire bastões com bolas de fogo em torno do corpo e da cabeça (mas, por favor, tenha cuidado com quem estiver ao redor!). As bolas costumam ser feitas de arame, jornal, galhos e retalhos.

E se você é um desses amantes por viagens, corra para a Colômbia! Os colombianos dão a volta pelo quarteirão com malas vazias, logo após a virada do ano, para atrair mais viagens no ano vindouro. Imagina que engraçado as pessoas se pechando com as malas nas mãos!

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Eu, particularmente, nunca soube de ninguém que teve mais ou menos sorte por seguir a estes rituais. Mas de uma coisa eu tenho certeza, de nada adianta seguir metodicamente cada um desses passos se você estiver de cara amarrada e de mal com a vida naquele momento lindo da virada. De nada adianta jogar água porta afora se você colocar só maus pensamentos porta adentro. De nada adianta você se vestir de branco, se estiver com a alma carregada. De nada adianta comer determinados alimentos se você não souber compartilhar o que possui.

A passagem de um ano para o outro é um momento especial em todo o mundo, mas o real significado que desperta depende daquilo que você carrega na alma, e não daquilo que você ostenta no corpo. As superstições são vazias de sentido se não estiverem cheias da alegria que este momento merece.

Que cada um de vocês saiba olhar para o lado e agradecer as pessoas com quem vão passar a virada do ano, agradecer o alimento que tem na mesa, agradecer o fim de mais um ciclo, agradecer o início do outro, agradecer, simplesmente, como diria a música de Mercedes Sosa: “Gracias a la vida, que me ha dado tanto” (obrigada à vida, que tem me dado tanto)!”

E, assim, agradecidos e cheios de amor, quem sabe as uvas que você comeu e os sete pulinhos no mar possam te trazer uma linda sorte neste próximo ano?

Que 2020 seja um ano extraordinário a cada um de vocês!

Feliz Ano Novo!