Artigos › 20/11/2023

A CONTA DO AQUECIMENTO GLOBAL CHEGOU, E AGORA, O QUE FAZER?

Ondas de calor fora de época no Brasil, temperaturas próximas de 50 °C na Europa, incêndios florestais e enchentes sem precedentes não são apenas coincidência. Um estudo recente, realizado pela Escola de Ciências Atmosféricas da Universidade Sun Yat-sen, na China, constatou que 2023 pode ser um dos anos mais quentes da história.

Infelizmente, nós, os seres humanos, fizemos o papel dos “gafanhotos”… Consumimos sem parar e sem pensar no amanhã. A natureza é finita e vinha dando sinais de que todas as nossas ações, geram mais cedo ou mais tarde reações, sejam elas boas ou más.. No caso, a conta de nossas atitudes equivocadas chegou… Mas e agora, o que fazer? Ainda há tempo para tentar reduzir os impactos de nossas pegadas? Abaixo uma lista, que merece não apenas ser lida, mas levada em prática, porque já passamos do tempo em que tínhamos tempo…

 

 Consuma menos carne

A agropecuária é a principal responsável pela emissão de gases de efeito estufa. De acordo com o último relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), mais de 70% das emissões totais estão ligadas à atividade; levando em consideração o desmatamento para pastagem, adubação, o metano emitido pelo gado e o transporte dos produtos. Nesse sentido, uma alimentação mais diversificada, com menor consumo de carne vermelha, além de saudável, contribui para reduzir as emissões.

 

 Não desperdice alimentos

O relatório do Painel Intergovernamental aponta que cerca de um terço de todo o alimento produzido no mundo é desperdiçado em algum ponto da cadeia. Minimizar essa perda traz ganhos para a segurança alimentar e ajuda na redução dos gases de efeito estufa, emitidos tanto para a produção de alimentos, como no transporte dos produtos, por exemplo.

 

 Dê preferência a produtos locais

Procurar fornecedores perto de casa também é uma ótima opção para o meio ambiente. Além da conservação da natureza, isso vai fomentar a economia da região onde você mora. Comprar de produtores locais ajuda a diminuir a emissão de CO2 liberado com o transporte dos produtos. Além disso, a maior parte dos pequenos produtores rurais, da agricultura familiar, faz uso de técnicas mais sustentáveis de cultivo.

 

 Busque alternativa para o transporte

Caminhar faz bem à saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos de atividade física leve ou moderada por semana, o que equivale a cerca de 20 minutos de caminhada por dia. Por isso, nada melhor que percorrer pequenas distâncias a pé, deixando o carro na garagem. Além de queimar calorias, a escolha reduz a emissão de gases de efeito estufa e, com certeza, o aquecimento global. O uso da bicicleta também é válido. Para quem precisa percorrer distâncias maiores, vale usar o transporte coletivo alguns dias da semana, adotar a carona solidária, compartilhar deslocamentos por meio de aplicativos e dar preferência a veículos elétricos, híbridos ou mais eficientes, com uso de biocombustíveis.

 

 Consumo consciente

Repensar o consumo excessivo de produtos ajuda a economizar e ainda contribui com o planeta. Roupas podem ser compradas em brechós ou adquiridas em novas modalidades, como aluguel ou troca de peças. Além disso, é possível investir em produtos duráveis e de melhor qualidade que podem ser usados por mais tempo. Reduzir a compra de produtos descartáveis também ajuda a diminuir a produção de lixo e a emissão de gases de efeito estufa para a produção e o transporte.

 

 Cobre políticas públicas

O aquecimento global afeta a todos e, por isso, é importante que o tema seja contemplado em políticas públicas, como ações para conservação da natureza, redução do desmatamento, bem como proporcionar a adoção de novas alternativas de mobilidade urbana e incentivar o uso de energias renováveis. Cobre o comprometimento de políticos com essa temática e acompanhe as promessas dos candidatos eleitos.

 

Enfim, faça a sua parte e não espere os outros fazerem! Já atingimos um ponto onde não há mais volta, mas ainda há tempo de minimizar os impactos e isso depende das atitudes corretas de cada um de nós!

Juarez Rodolpho dos Santos

O autor, colaborador desta Revista, é designer
gráfico em Porto Alegre (RS)
@juarezrodolpho

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