Artigos › 24/01/2022

Um futuro onde pessoas e natureza prosperam é possível?

Um futuro onde pessoas e natureza prosperam é possível?

Podemos gerenciar o crescimento econômico, atender à demanda crescente por alimentos, energia e água e ter um progresso ambiental significativo?

 

A resposta curta é “sim”, mas ela vem com diversos “ses”. Nova pesquisa mostra que podemos colocar o mundo em um caminho de sustentabilidade se fizermos mudanças significativas nos próximos dez anos.

A The Nature Conservancy, juntamente com a Universidade de Minnesota e outras onze instituições analisaram a viabilidade de avançarmos nos principais objetivos de preservação ao mesmo tempo em que atendemos às demandas de crescimento econômico e da população em 2050. O trabalho de pesquisa, “Uma Visão Global Alcançável para a Preservação e Bem-Estar Humano”, apresenta um teste científico de uma visão do futuro onde comunidades humanas e ecossistemas saudáveis e abundantes coexistem com sucesso.

Cada vez mais evidências científicas nos mostram que pessoas e natureza compartilham muitos dos mesmos desafios. As análises que fizemos aqui são encorajadoras, uma vez que mostram que também podemos compartilhar o sucesso.

Claro que demandará grandes mudanças em nossa forma de pensar e em como usamos os recursos naturais. Mas acredite, essa mudança está nas mãos de cada um de nós.

Para se ter uma ideia do impacto dos humanos frente a natureza, até 2050, a população mundial crescerá para 10 bilhões de habitantes em nosso planeta. A demanda por recursos naturais atingirá níveis sem precedentes, intensificando os aspectos severos da mudança climática. As principais organizações de desenvolvimento global já estão destacando a poluição do ar e a escassez de água (desafios ambientais) como os maiores perigos à saúde e à prosperidade humana.

 

 

O estudo traçou como seria o mundo em 2050 se o desenvolvimento humano progredisse em seu caminho atual ‘usual’ em comparação a um caminho de ‘sustentabilidade’, que demandaria grandes mudanças nos padrões de produção para superar desafios significativos econômicos, sociais e políticos.

Os resultados mostram que as tecnologias esperadas e a adoção em grande escala de abordagens comuns de preservação podem ter contribuições significativas a vários objetivos econômicos e ambientais.

Clima, Energia e Qualidade do Ar. Transformando a produção de energia primariamente de combustíveis fósseis para energia renovável e nuclear; estabelecendo nova infraestrutura de energia em terra já convertida.

Na Terra: Alimento, Conservação e Crescimento Urbano. Mudando as plantações em regiões de produção agrícola que melhor atendem as condições de crescimento. Isso diminui o estresse hídrico e reduz a pegada de uso da terra.

Na Água: Água Potável, Bacias Hidrográficas e Locais de Pesca Oceânica. A transição energética e os ajustes nas plantações levam a grandes economias de água, reduzindo o estresse hídrico para a agricultura, as pessoas e a biodiversidade. O gerenciamento sustentável da pesca aumenta o estoque pesqueiro.

Tal estudo demonstra de maneira clara que qualidade de vida e tecnologia podem sim caminhar juntas, transformando nosso planeta em um mundo melhor. Iniciamos um novo ano e com ele vamos renovar nossas ações para que estudos como esse possam sair do papel e se tornar uma realidade em nossas vidas! Que venha um ano repleto de ideias verdes e sustentáveis para todos!

 

O autor, Juarez Rodolpho dos Santos, é colaborador desta revista e designer gráfico em Porto Alegre (RS)

Texto publicado na edição de janeiro/fevereiro de 2022

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