Um 2021 com novas energias
Chegamos enfim a 2021! Ficou para trás um ano muito complicado, tanto no âmbito da saúde como no do meio ambiente. Em muitos momentos, entre queimadas e distanciamento social, parecia que a tal luz no fim do túnel nunca chegaria. Mas nós, os humanos, somos fortes ou teimosos, como preferirem… Mesmo em meio a uma série de dificuldades e perdas irreparáveis, aqui estamos nós mais uma vez olhando para o presente e plantando sementes para que o nosso futuro seja mais leve, mais equilibrado! Pensando nisso, trago aqui uma “proposta”.
A grande maioria dos artigos de sustentabilidade normalmente trazem notícias pesadas e visões de um futuro não muito promissor para a convivência da raça humana e da natureza. Pensamentos errados? Nada disso! Realmente cometemos e estamos cometendo muitos erros, os quais precisamos rever o mais breve possível… Mas, como eu disse no início… Chegamos enfim a 2021! E que tal se, em vez de pensarmos apenas nos problemas, focarmos nas soluções que já estão sendo feitas por aí?
Quando falo disso, penso, claro, nos grandes projetos das mentes brilhantes que querem despoluir os mares, reduzir os desmatamentos, trazer alternativas sustentáveis para uma nova alimentação global! Grandes ideias que merecem serem destacadas aqui e em todas as mídias possíveis. Mas penso também nas pequenas e maravilhosas ideias, que você, leitor, conhece ou aplica em sua cidade, comunidade ou na sua casa.
Com isso, esse espaço vai se tornar uma janela aberta para mostrar as boas ideias que estão sendo produzidas. Vamos lá! Que tal começarmos o ano com toda a energia possível… vejam só que grande ideia!!
PRIMEIRA TELHA SOLAR DO BRASIL COMEÇA A SER PRODUZIDA
Em agosto de 2019, a Eternit apresentou na Intersolar South America sua telha solar fotovoltaica. A novidade, inédita no país, obteve o certificado do Inmetro para ser produzida. O modelo já tinha aprovação do Instituto e agora, com o documento, a primeira telha de concreto capaz de gerar energia – desenvolvida no Brasil – pode enfim ser comercializada.
Quem instalar as telhas em sua residência poderá captar a luz solar para a produção de energia elétrica – sem a necessidade de painéis adicionais. Este tipo de tecnologia ficou mundialmente conhecida a partir das telhas solares da Tesla.
Com células fotovoltaicas acopladas, cada telha produz 9,16 watts e tem dimensão de 36,5 por 47,5 mm. Isso garante uma capacidade de produção média mensal de 1,15 Kilowatts hora por mês (kwh/mês). 
As telhas já estão sendo produzidas, sob demanda, na fábrica Tégula Solar, em Atibaia, interior de São Paulo, para projetos-pilotos. Um dos testes inclusive é realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
VANTAGENS
A estimativa é que essa tecnologia seja vantajosa para o consumidor ao permitir entre 10% e 20% de economia no valor total da compra e da instalação das telhas fotovoltaicas, em relação aos painéis solares montados em cima de telhados comuns, com um retorno previsto de investimento de três a cinco anos aproximadamente.
Mas quantas telhas serão necessárias para suprir a demanda energética de um lar? A resposta depende de alguns fatores, como localização do imóvel, inclinação e orientação com relação ao sol.
Uma residência pequena, por exemplo, pode ter em torno de 100 a 150 telhas fotovoltaicas, enquanto casas de médio e alto padrão podem precisar de 300 a 600 unidades ou até mais. De todo modo, não é preciso cobrir todo o telhado com telhas solares; é possível combiná-las com telhas comuns. Revelada ao público há pouco mais de um ano, a venda comercial, em todo o país, está prevista para o primeiro semestre de 2021.
Imaginem em breve dezenas, centenas ou até milhares de residências utilizando um processo como esse, com energia limpa e renovável! Estamos caminhando, a passos largos e necessários, para uma grande mudança em nossas cidades e, claro, em nossas vidas!
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E que venha um ano cheio de energias limpas, de reciclagens, de vida, de sustentabilidade e equilíbrio para todos nós!
O colaborador desta revista, Juarez Rodolpho dos Santos, é designer gráfico em Porto Alegre (RS).
Texto publicado na edição de janeiro/fevereiro de 2021.
