Mulher-Mãe: Celebrar a maternidade
Celebrar o Dia das Mães é expressão de afeto e carinho. A data serve para celebrar e agradecer a todas as mães pela dedicação que dão diariamente aos seus filhos.
No Brasil, o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez em 12 de maio de 1918, na Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Mas somente em 1932, que o Dia das Mães passou a ser celebrado todo segundo domingo do mês de maio.
Foi o presidente Getúlio Vargas quem instituiu a data, por meio do decreto de número 21.366, publicado em 05 de maio de 1932. Diz o decreto: “O segundo domingo de maio é consagrado às mães, em comemoração aos sentimentos e virtudes que o amor materno concorre para despertar e desenvolver o coração humano, contribuindo para seu aperfeiçoamento no sentido da bondade e da solidariedade humana”.
Mas se a data foi oficializada no Brasil apenas em 1932, por sua vez há indicações históricas de que igrejas cristãs já realizavam homenagens às mães antes do citado decreto presidencial. Tal indicação tem como referência o mês de maio, tradicionalmente celebrado como mês de Maria, a mãe de Jesus.
Compreende-se a maternidade a partir da realidade estabelecida entre mulher e homem. Na visão da fé cristã, trata-se de uma realidade tão profunda e transcendente que envolve o próprio mistério de Deus. É uma realidade que envolve, sim, o aspecto terreno; bem como o modo peregrino e passageiro de existir. Mas, ao mesmo tempo, a maternidade – como também a paternidade! – simboliza e realiza o amor que Deus tem para com todo ser humano, no ato mesmo do amor humano e da intimidade de mulher e homem, vivendo uma união estável.
A partir da fé não há nada de vazio, mas tudo é sinal (Cf. S. Irineu, Adv. Haer. 4,21). Todas as coisas profundamente humanas são cercadas de ritos e cerimônias, de reconhecimento e gratidão, revelando assim seu mistério e sua ligação com uma realidade mais profunda!
Celebrar, pois, o Dia das Mães implica erguer o olhar para sondar e buscar compreender sempre mais e melhor a dignidade, o significado e as implicâncias do exercício da maternidade: particular participação no mistério da vida!
Ser mãe é vocação! Ser mãe é graça!
O Senhor abençoe a todas
as mulheres-mães!
Dom Jaime Spengler
O autor, colaborador desta Revista, é Arcebispo de Porto Alegre (RS)