Os santos nos lembram que a santidade pode florescer em nossas vidas
O nome que nos é dado no Batismo não é uma etiqueta ou uma decoração! Geralmente é o nome da Virgem, uma santa ou um santo, que está esperando para “nos dar uma mão” na vida para obter de Deus as graças de que mais precisamos, disse Francisco na catequese da Audiência Geral.
“Rezar em comunhão com os santos” foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de 07 de abril passado realizada na Biblioteca do Palácio Apostólico.
“Quando rezamos, nunca o fazemos sozinhos: mesmo que não pensemos nisso, estamos imersos num rio majestoso de invocações que nos precede e continua depois de nós. Nas orações que encontramos na Bíblia, e que muitas vezes ressoam na liturgia, há um vestígio de histórias antigas, de libertações prodigiosas, de deportações e de tristes exílios, de retornos comoventes, de louvores que fluem diante das maravilhas da criação. Estas vozes são transmitidas de geração em geração, num entrelaçamento contínuo entre a experiência pessoal e a do povo e da humanidade a que pertencemos”, frisou o Pontífice.
As orações, as boas, se difundem, como todos os bons, se propagam continuamente, com ou sem mensagens nas “redes sociais”: das enfermarias dos hospitais, dos momentos de encontro festivo, assim como daqueles em que se sofre em silêncio. A dor de cada pessoa é a dor de todos, e a felicidade de um é transferida para a alma de outros. A dor e a felicidade! Uma história que se torna história na própria vida, se revive a história com as próprias palavras, mas a experiência é a mesma.
OS SANTOS RECORDAM JESUS CRISTO
“As orações renascem sempre: cada vez que juntamos as mãos e abrimos o coração a Deus, nos encontramos na companhia de santos anônimos e santos reconhecidos que rezam conosco, e que intercedem por nós, como irmãos e irmãs mais velhos que passaram por nossa mesma aventura humana”, disse ainda o Papa.
“Na Igreja não há luto que permaneça solitário, não há lágrimas que sejam derramadas no esquecimento, porque tudo respira e participa de uma graça comum. Não é por acaso que nas igrejas antigas as sepulturas eram no jardim ao redor do edifício sagrado, como se dissesse que em cada Eucaristia a multidão dos que nos precederam participa de alguma forma. Há os nossos pais e os nossos avós, os padrinhos e madrinhas, os catequistas e outros educadores. Aquela fé transmitida que nós recebemos e que com ela nos foi transmitida a maneira de rezar, a oração”, frisou o Pontífice, acrescentando:
“Os santos ainda estão aqui, não muito longe de nós; e suas representações nas igrejas evocam aquela “nuvem de testemunhas” que sempre nos circunda. São testemunhas que não adoramos – claro, não adoramos estes santos, mas que veneramos e que de mil maneiras diferentes nos remetem a Jesus Cristo, o único Senhor e Mediador entre Deus e o homem. Um santo que não nos remete a Jesus Cristo, não é um santo e nem mesmo cristão.
O santo recorda Jesus Cristo, pois ele percorreu o caminho de viver como cristão. Os santos nos lembram que mesmo em nossas vidas, embora frágeis e marcadas pelo pecado, a santidade pode florescer. De fato, até no último momento.
Texto retirado do site do www.vaticannews.va/pt.html.