Artigos › 07/07/2023

O que fazer com as imagens sacras quebradas?

Para entendermos o que devemos fazer é importante entender como a Santa Igreja, Mãe que nos conduz à verdade, compreende a importância das imagens sacras. O Catecismo da Igreja Católica ensina que, “na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos padres e da tradição da Igreja Católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos, com toda certeza e acerto, que as veneráveis e santas imagens […] devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos” (CIC, nº 1161). A Igreja sempre valorizou tais práticas que conduzem para o próprio Deus.

São João Damasceno diz que “antigamente, Deus, que não tem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (…) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor” (CIC, nº 1159). Portanto, é importante salientar que não há nenhuma forma de adoração às imagens mas sim, veneração, pois elas nos ajudam, nesta vida terrena, a contemplar a glória de Deus, o único que merece adoração.

Dizia o mesmo santo que “a beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus”.

Assim, a função tanto das imagens abençoadas quanto dos ícones santos em boas condições é entrar “na harmonia dos sinais da celebração, para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis” (CIC nº. 1162).

Portanto, uma imagem que está quebrada ou danificada não atinge todo o seu objetivo, por isso, pode ser dispensada sem nenhum problema.

 

Como dispensar com zelo uma imagem sacra abençoada que quebrou?

Após uma avaliação do estado da imagem e não havendo uma possibilidade ou interesse em sua restauração, o próximo passo seria utilizar a forma mais coerente de se desfazer do objeto, levando em conta o seu significado.

 

A sugestão é que não há “necessidade” de se levar as imagens quebradas para depositar nas Igrejas, cemitérios, jogar em rios ou em outros lugares. Elas podem ser trituradas e enterradas no jardim ou em um vaso de sua casa. O sentido é evitar a possibilidade de as imagens que foram abençoadas serem escarnecidas, ao serem jogadas no lixo com indignidade ou deixadas em lugar indevido.

Com isso, deve-se desfazer das imagens danificadas de forma que o seu valor espiritual e significado religioso não sejam afetados, evitando qualquer sinal de desrespeito.

 

Equipe Revista Rainha dos Apóstolos

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