Artigos › 25/05/2021

Maria, a Rainha dos Apóstolos

Maria, a Rainha dos Apóstolos, foi apresentada por São Vicente Pallotti como sendo a padroeira e intercessora da União do Apostolado Católica (UAC), modelo de apostolado e serva fiel ao projeto de Cristo.

No presente mês, um olhar palotino para Maria e seu sentido teológico é apresentado para fortalecer a nossa vida e apostolado.

Um dos primeiros aspectos ao falar de Maria, no mês de maio, é o de ser Mãe do Salvador. Alguém que se colocou à disposição do projeto de Deus

(Lc 1, 38), carregou o Salvador no ventre e educou-o fazendo com que ele crescesse “em estatura, sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2, 52).

Como se não bastasse o aspecto de ser mãe, ela ofereceu muito mais ao projeto de Deus. Quando se fala de Maria, muitos traços marcantes podem ser elencados, tais como:

A peregrina na fé: nem sempre Maria entendeu o projeto de Deus, mas foi alguém que acreditou e na sua simplicidade guardou tudo no seu coração (Lc 2, 51).

A serva do Senhor: mesmo sendo agraciada por Deus, continuou humilde e simples. Mesmo sendo a que deveria ser servida, pôs-se a serviço ao visitar a sua prima Isabel (Lc 1, 39-56).

Testemunha da Nova Aliança: Maria é a única pessoa que participou ativamente nos três momentos históricos da salvação. Esteve presente na espera do Messias, fato central do Antigo Testamento; foi agraciada pela encarnação de Jesus Cristo e em seguida seguiu os seus passos; e esteve presente na formação da Igreja, no envio do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no Cenáculo.

A perfeita discípula: pelo sim de Maria, Deus se fez homem. Pela fidelidade de Cristo ao projeto do Pai, Maria se fez discípula, mesmo não compreendendo todas as coisas (Lc 8,19-21).

Cheia do Espírito Santo: acompanhou os discípulos após a morte de Jesus Cristo e quando o Espírito Santo desceu sobre eles, Maria também foi agraciada, tornando-se a Rainha dos Apóstolos (At 2,1-2).

Intercessora nossa: ao ser levada ao céu, Maria começou a ser invocada por diferentes culturas e através de diversos títulos, tornando-se a grande intercessora nossa junto à Trindade.

Percebendo o significativo dom que Maria foi e está sendo no projeto da salvação, Pallotti a coloca como eterna intercessora da sua inspiração, modelo de fé, discípula de Cristo e Rainha dos Apóstolos.

Ao falar, rezar e escrever sobre Maria, Pallotti ainda acentuava o seu valor como Mãe do Bom Conselho, Mãe do Divino Amor e Nossa Senhora das Dores. E ao escrever sobre o sentido de colocar a Obra fundada sob a proteção da Rainha dos Apóstolos, em um dos escritos de São Vicente Pallotti pode se ler:

“A Sociedade foi fundada sob a especial proteção de Maria Santíssima, Rainha dos Apóstolos, não só para que ela, com sua poderosíssima intercessão, se digne obter para cada um todas as graças, dons e misericórdias necessárias para realizar seus fins santos, de um modo completíssimo e estável, mas também para ter em Maria Santíssima um eficaz modelo nas próprias obras de caridade e de zelo, posto que ela, embora não fosse sacerdotisa e nem apóstola, delas se ocupou com tal perfeição e plenitude que mereceu a glória dos apóstolos, acima dos santos apóstolos, razão por que a Igreja, não por simples título de honra, mas por causa da plenitude dos seus méritos, a saúda com o augusto título de Rainha dos Apóstolos” (OO CC III, 6).

Ao relacionar o trecho citado com o Apelo ao Povo, podemos fortalecer a unidade do ser palotino e ser mariano.

Todos, grandes e pequenos… Maria, uma moça de catorze anos, da Galileia, vivendo num clima de espera messiânica e, ao mesmo tempo, de sofrimento, de pobreza, opressão e discriminação social, é convidada a ser a mãe do salvador e aceita.

… de acordo com os seus próprios dons… Sendo mãe, educou o seu filho na fé e foi uma peregrina na fé, sem em muitos momentos entender o que estava acontecendo (Lc 1,34).

… dedicar-se às obras do apostolado católico… Ao perceber que a sua missão de mãe do salvador deveria ser por toda vida, Maria tornou-se uma apóstola fiel e intercessora nossa, para que todos os povos pudessem conhecer a salvação, tornando-se assim a Rainha dos Apóstolos. Maria é um perfeito modelo de apóstola.

Por fim, fica a certeza de que se desejamos continuar a Obra fundada por Pallotti, em Maria, a Rainha dos Apóstolos, encontraremos um significativo modelo, uma eterna intercessora e grande protetora do Apostolado Católico.

APELO AO POVO

“Todos, grandes, pequenos, formados, estudantes, operários, ricos e pobres, padres, leigos, religiosos e seculares, comerciantes e empresários, funcionários, artistas, artesãos, comunidades e indivíduos, cada qual no próprio estado, na própria condição, de acordo com os próprios dons, pode dedicar-se às obras do APOSTOLADO CATÓLICO para reavivar a fé, reacender a caridade e propagá-la em todo o mundo.” São Vicente Pallotti – (Roma – maio de 1835)

O autor, Jadir Zaro, é colaborador desta Revista, padre palotino, mestre e doutorando em Direito e Diretor da Faculdade Palotina em Santa Maria (RS).

Texto publicado na edição de maio/2021. 

1 Comentário para “Maria, a Rainha dos Apóstolos”

  1. […] Jesus, o apóstolo do Pai, era sua fonte de inspiração! Vicente investiu na evangelização de todos e para todos, sem excluir a ninguém. Mas é impossível amar o Filho sem honrar a Mãe. São Vicente então elegeu Maria como a Patrona de toda a Obra que fundou e deu a ela o título de Rainha dos Apóstolos.  […]

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