Jesus é o amor que nos une – Campanha da Fraternidade 2021
“Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” é o lema da campanha da fraternidade 2021.
Neste ano, a Campanha da Fraternidade – CFE que é ecumênica, traz como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor”. E como lema o trecho da carta de Paulo aos Efésios: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2,14a). Ela tem como objetivo geral “convidar as comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar quais os caminhos para superar as polarizações e as violências através do diálogo amoroso testemunhando a unidade na diversidade”. Nada mais oportuno que centrar a campanha na figura de Jesus Cristo, a manifestação de Deus na Terra, que veio para nos salvar e para promover a paz e a união entre os povos.
Para entender melhor a importância da Campanha da Fraternidade se faz necessário resgatar seu histórico e o que ela significa. Trata-se de um manifesto de fé que tem por objetivo despertar a solidariedade dos seus fiéis em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução. A cada ano é escolhido um tema que define a realidade concreta a ser transformada, e um lema, que direciona a busca pela transformação. Através de um gesto concreto, quer educar para a vida em fraternidade, com base na justiça e no amor, exigências centrais do Evangelho.
Através dos seus cantos, textos, vídeos, eventos e todas as mídias online e offline, ela pretende renovar a consciência da responsabilidade de todos para a evangelização e na promoção de uma realidade mais humana, tendo em vista a construção de uma sociedade justa e solidária. Este gesto concreto se expressa na coleta da solidariedade, realizada no Domingo de Ramos. Ocorre em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs católicas e ecumênicas na época da Quaresma.
Este ano, ela completa sua sexagésima edição, e está consolidada no calendário litúrgico da Igreja. Atualmente está na fase da Igreja que se direciona para as “situações existenciais do povo brasileiro”. É a manifestação na prática do que Jesus anuncia com sua palavra e o que ele deseja que sejamos como pessoas.
Contextualizados nos significados históricos da campanha, voltemos à edição de 2021. Ela é uma oportunidade de reunir as igrejas cristãs sob a premissa do diálogo, dando um testemunho de unidade na diversidade, tal como orientado por Jesus. Segundo o padre Patriky Samuel Batista, secretário executivo de campanhas da CNBB, encarregado de acompanhar a preparação desta campanha ecumênica pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic), o grande desafio proposto é o diálogo. O religioso destaca que a CFE convidará a todas e todos a vivenciar um compromisso de amor num cenário marcado por polarizações, ódios, ausência de escuta, individualismos imperialistas e indiferença. Os cristãos são convidados a resgatar sua capacidade de interação em harmonia, tolerância, amorosidade e fraternidade. Com início na Quarta-feira de Cinzas, em 17 de fevereiro, a campanha deste ano é a quinta edição a ser trabalhada na dimensão ecumênica.
Seus objetivos específicos são: denunciar as violências contra pessoas, povos e a criação, em especial, as que usam o nome de Jesus; encorajar a justiça para a restauração da dignidade das pessoas, para a superação de conflitos e para alcançar a reconciliação social; animar o engajamento em ações concretas de amor à pessoa próxima; promover a conversão para a cultura do amor em lugar da cultura do ódio; e fortalecer e celebrar a convivência ecumênica e inter-religiosa.
Independente de qual é o tema e lema, o que realmente importa é percebemos que ela é agente de transformação e conexão com o propósito de Jesus Cristo que é o mandamento maior: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. E neste sentido sermos participativos é uma das formas de vivermos o evangelho em sua expressão máxima para a transformação da sociedade no reino de Deus.
O autor, colaborador desta Revista, Henrique Alonso, é relações-públicas e atua com comunicação organizacional.
Texto publicado na edição de março de 2021.
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Prezada Rosecleia,
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