Sem categoria › 01/03/2018

COMPARTILHAR PARA TRANSFORMAR

“Soñé que éramos uno, y cuando desperté, seguíamos siendo dos… pero habíamos construído un mundo”. Com esse poeminha escrito em um bloco de anotações mexicano, dou as boas-vindas e anuncio que este será um espaço para costurar uma teia de sonhos. Não um filtro, mas uma rede, com linhas narrativas que aproximem realidades distantes.

 

Gente que cuida do rio. Que faz artesanato do lixo. Que planta sem veneno e distribui o que colhe de forma criativa. Gente que ensina que trabalho deve ser mais que um ganha-pão. Gente que pedala para poluir menos e sorrir mais. Ou que troca pertences antigos por conhecimentos novos. Histórias de gente simples fazendo coisas incríveis são o fio condutor para abordar exemplos de S-U-S-T-E-N-T-A-B-I-L-I-D-A-D-E na prática.

Recordo de uma experiência que tive no interior do Canadá, quando conheci a Flávia Polo (colunista desta revista), no Quebec, em 2003. Desde lá, o termo ganhou tantos novos contornos que nem cabe uma definição única. A sustentabilidade está no discurso governamental, empresarial, político, integra ações de marketing, redes sociais, ocupa o noticiário.

Ganhou espaço na Bolsa de Valores, na sala de aula, na festa de casamento. Está na horta e no shopping.

Mas aquele período morando no Canadá foi realmente transformador. Sentimos na pele o que era fazer parte de uma civilização equânime – termo estranho para definir justa. Com a educação não-

formal, aprendemos a desenvolver competências para aplicar no ramo da economia, cultura, ambiente, saúde, esporte, lazer, religião. Entendemos que evoluir coletivamente pressupõe qualificar os indivíduos.

Desse delicioso tempo, eu trouxe o hábito de seguir gente que inova para fazer a diferença. Contar suas histórias é o jeito de criar conexões. Aqui, vou mostrar algumas reportagens que escrevi ao longo de dez anos como repórter e vou compartilhar novas descobertas também.

Acredito que quando uma solução autêntica se torna mais e mais conhecida, ela aumenta sua relevância e reputação, pois resolve o problema de mais gente. Então, passa a valer mais. As marcas vão se fortalecendo, gerando valor, criando redes de usuários, fãs, colaboradores. E assim, os projetos, serviços ou produtos vão adquirindo maior valor de mercado. Soluções simples para problemas reais com embalagens atraentes. Esses são, para mim, os verdadeiros agentes transformadores do mundo atual.

Um exemplo de uma ecohistoria inesquecível que eu vivi e hoje vou contar envolve comida, empreendedorismo e sensibilidade. Foi em 2015, em um evento organizado por Claudia Nogueira e seus amigos da turma do Sopão dos Pobres. Ela teve a ideia de criar um dia de food truck grátis para moradores de rua.

A alimentação veio toda de doações das sobras das feiras e, com seu talento gastronômico, o chef Fabrício Goulart, o Feitosa, transformou a matéria-prima em deliciosos “sanduíches de xepa”.

Naquele dia, ele colocou seu talento a serviço da causa para alimentar em grande estilo centenas de mendigos, pedintes, flanelinhas. A ação movimentou a Praça Julio Mesquita, no centro de Porto Alegre, e inspirou muita gente. Com boa vontade e criatividade, aqueles dois amigos mobilizaram sua rede e fizeram a diferença num sábado nublado. A comida pode até ter sido digerida logo, dando lugar a nova fome, mas o exemplo da dupla segue ecoando em quem participou da ação e viu como pode ser simples e realizador transformar o dia de alguém.

Muito prazer, sou a Lara Ely, jornalista, caçadora de aventuras e uma contadora de causos. Por meio dessa coluna, irei compartilhar parte do meu projeto @ecohistorias. Para conhecê-lo em profundidade, você pode mergulhar comigo na leitura de outros conteúdos do site

www.ecohistorias.com

Será um prazer recebê-los por lá! Estou animada por inaugurarmos este espaço de trocas, e espero que o meu entusiasmo contagie você!

Lara Ely

 

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