Câncer de mama – Sintomas, prevenção e tratamento
Caro leitor! Meu nome é Poliana Rodrigues Silva, sou enfermeira especialista em oncologia e atuei na área de oncologia por mais de dez anos. Venho hoje aqui fazer um convite para mulheres e homens para conhecer seu corpo e ao sinal de alerta procurar atendimento médico. Você sabe por quê?
O câncer de mama é o tipo mais comum em mulheres e uma das causas mais prevalentes de mortalidade nessa população. Em 2020, havia 2,3 milhões de mulheres diagnosticadas com câncer de mama e 685.000 mortes atribuídas a essa enfermidade a nível mundial. Ao final de 2020, foram registradas 7,8 milhões de mulheres vivas diagnosticadas com câncer de mama nos últimas cinco anos, fazendo com que esse tipo de câncer seja o mais prevalente ao redor do mundo.
Embora o câncer de mama ocorra no mundo inteiro, a sua incidência, mortalidade e taxas de sobrevida variam consideravelmente em diferentes localidades, visto que o estilo de vida, o ambiente e fatores genéticos são consideravelmente diferentes, conforme autores Ferley e Hortobagyi.
Exames para rastrear câncer de mama
Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, as alterações podem ser notadas no autoexame de mama, mas não deve ser a única forma de prevenção, pois muitos nódulos não são palpáveis e somente identificados com exames como a mamografia ou ecografia mamária.
Para o rastreamento do câncer de mama, importante orientar as mulheres a realizar exames de rotina mesmo assintomáticas.
Mulheres entre 50 e 69 anos devem realizar mamografia bilateral no mínimo a cada dois anos, O exame deve ser indicado para mulheres assintomáticas com menos de 35 anos caso pertençam ao grupo de risco.
Entre as principais alterações estão:
– Edema da mama com ou sem a palpação do nódulo;
– Nódulo único e endurecido;
– Irritação ou abaulamento em parte ou total da mama;
– Dor na mama ou mamilo;
– Mamilo invertido;
– Eritema;
– Retração de pele;
– Secreção sanguinolenta ou serosa pelo mamilo;
– Podem apresentar alterações de linfonodos.
Fatores de risco
Existem fatores que podem potencializar o risco de câncer de mama. Fatores ambientais e comportamentais, história reprodutiva e hormonal, fatores genéticos e hereditários e idade são importantes fatores de risco; cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos de idade.
Outros fatores também podem contribuir para aumentar o risco de câncer de mama, como exposição à radiação ionizante torácica antes da idade de 40 anos, ingestão regular de bebida alcoólica, mesmo em quantidade moderada (30g/dia) e obesidade, a qual contribui para 5% do risco, especialmente quando há ganho de peso na pós-menopausa e sedentarismo.
Podemos realizar ações para prevenir o câncer de mama, como:
Evitar o fumo; Alimentação saudável; Atividade física; Amamentação; Manter peso adequado.
Tipos de tratamentos
Com os avanços tecnológicos e direcionados ao diagnóstico e tratamento precoces do câncer de mama, tem sido demonstrado aumento na sobrevida global das pacientes, principalmente quando diagnosticadas em estágios iniciais. Cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia, anticorpos monoclonais, inibidores de ciclinas, inibidores de PARP e imunoterapia estão entre as formas de tratamento para o câncer de mama.
Equipe multidisciplinar
Sabemos que o tratamento, para ser assertivo, deve tratar o corpo a mente e o espirito. Realizar um tratamento com equipe multiprofissional pode ser uma grande estratégia para tornar o tratamento mais humanizado, qualificado e seguro.
A aproximação entre os pacientes e familiares em situação de adoecimento, nesse caso câncer de mama, exige uma atenção especial da equipe multiprofissional com atenção direcionada às necessidades.
Lembre-se: realizar consultas regulares e realizar exames preventivos, poderá salvar a sua vida! Vamos cuidar da nossa saúde.
A autora, Poliana Rodrigues Silva, colaboradora desta Revista, é Enfermeira especialista em Oncologia, MBA Executivo em Saúde e mestranda pelo PPG Patologia na UFCSPA. | COREN 159293.
