A VIDA É UMA FESTA
Na minha bucket list (lista de desejos), com certeza, pedirei mais uma dança.
A vida é curta demais para dançar pouco! Se, ao longo da vida convites para festas e reuniões foram adiados por excesso de atividades, cansaço ou, simplesmente, pelo pensamento de que “na próxima vez eu vou”, quando o tic-tac do relógio da vida demonstra que ela está no fim, é comum pensar: “por que não me diverti mais?”.
A vida é uma festa pela sua própria condição de ser. Em meio ao barulho da cidade, o brilho das luzes e dos faróis, a cadência dos sons que ouvimos todos os dias ao acordar, os aromas que insistem a atravessar os muros e as paredes e enchem nossas casas com cheirinho de café, de pão assando, de pipoca… Tudo é convite para festejar. Dançar sozinho, descalço sobre o tapete, dançar ao som da música doada pelo artista na praça, dançar com a criança (e como uma criança) que não teme ter que explicar sua ousadia de dançar com a vida, pela simples e profunda alegria de existir.
Ah, se as pessoas entendessem que não é no fim, mas no percurso que reside a possibilidade de fazer a vida acontecer!
As alegrias e os pequenos prazeres adiados poderão não ser recuperados, mas temos o hoje para experimentar a felicidade que cabe neste dia, enquanto vivemos a rotina e dançamos com a vida.