Mães que oram pelos filhos
Oito de março é o Dia Internacional das Mulheres. Para homenageá-las, trago presente um movimento de repercussão internacional, isto é, as Mães Que Oram Pelos Filhos.
Segundo o site do Movimento Mães Que Oram Pelos Filhos, tudo começou quando Vanessa Campos Ferreira Menin obteve um exemplar do livro: “Todo filho precisa de uma mãe que ora”. E convidou a sua mãe Angela Abdo Campos Ferreira para, pelos filhos, rezar em família. Num jantar de amigas, compartilharam o desejo, e Aline Acúrcio Eisenlohr disse que gostaria de participar e com isso se encarregou de chamar as primeiras mães. Assim, surgiu o grupo coordenado por Angela Abdo e Eudilia Serafim, com seis mães que não possuíam experiência em nada semelhante, mas eram movidas por uma vontade de interceder pelos seus filhos.
Em 30 de março de 2011, às integrantes do Grupo de Mães da Paróquia São Camilo de Léllis, em Mata da Praia, Vitória (ES), sentiram a necessidade de orar pelos filhos. Eram jovens mães com “sucesso” profissional, mas que sentiam que faltava algo em suas vidas. O grupo começou com cerca de vinte mães sem formação religiosa, vindas de famílias católicas, que se reuniam uma vez por semana para orar pelos seus filhos.
O objetivo inicial era buscar ajuda e orientação para a educação religiosa dos filhos diante do contexto atual e aprender a orar e interceder por eles. As mães iniciaram uma caminhada, sem ainda compreender a vocação espiritual de ser mãe.
O número de mães começou a aumentar, bem como as graças recebidas e compartilhadas. O amadurecimento da fé, a evangelização de forma simples e direta se tornaram fortes na vida dessas mães. Além de aprender a orar e discernir o que pedir a Deus, o grupo também se tornou solidário, espalhando e compartilhando experiências de forma missionária.
Novos grupos
Os grupos de mães das paróquias de Maruípe e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Vitória, se uniram ao grupo fundador e foram implantando a metodologia proposta.
No Kairós do Dia das Mães, em maio de 2014, foi lançado pela Canção Nova o livro: “Mães que oram pelos filhos – Tudo pode ser mudado pela força da oração”. Com a visibilidade nasceram vários grupos pelo Brasil.
Uma mãe mudou-se para os Estados Unidos e fundou o primeiro grupo no exterior. Outra mãe foi para Hong Kong e também fundou um grupo.
Em dezembro de 2014, o Grupo de Mães passou a ser um Movimento reconhecido pela Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo, tendo como orientador espiritual o Padre Anderson Gomes, que solicitou a organização do respectivo manual e regimento.
Nossa Senhora da Salette
A relação de Nossa Senhora da Salette com o Movimento de Mães Que Oram Pelos Filhos nasceu em uma viagem que Angela Abdo fez para Marcelino Ramos (RS). Ela estava visitando o Santuário de Nossa Senhora da Salette, quando começou a chorar, as lágrimas caíam em seu rosto. Nisso o padre saletino Vergínio Dall’Agnol se aproximou, e ela perguntou: “Que santa é aquela?”. O padre respondeu: “Ela é mais que uma santa, é Nossa Senhora da Salette, que apareceu chorando pelos pecados dos filhos”.
Ao retornar para sua casa com uma imagem de Nossa Senhora da Salette apresentou ao Grupo de Mães da Mata da Praia. Após o primeiro encontro televisionado, o Padre Anderson Gomes começou a discernir quem seria a padroeira e a copadroeira do movimento. Angela relatou o episódio de sua viagem para Marcelino Ramos e Padre Anderson confirmou toda essa ação do Espírito Santo.
A padroeira ficou Nossa Senhora da Salette, a mãe que chora por todos os filhos, e a copadreira Santa Mônica, que chorou por seu filho, Santo Agostinho.
Padre Judinei Vanzeto, SAC
O autor, colaborador desta Revista, é jornalista e padre palotino, reside em Buenos Aires – Argentina
jvanzeto@gmail.com