Doença de Alzheimer
Doença de Alzheimer
No Brasil há mais de 29 milhões de pessoas acima dos 60 anos, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). acredita-se que quase 2 milhões de pessoas têm demências, sendo que cerca de 40 a 60% delas são do tipo Alzheimer. A doença de Alzheimer é o tipo mais frequente de demência, a qual acomete de forma habitual a população idosa.
A doença de Alzheimer causa a morte das células nervosas e perda de tecido em todo o cérebro. Com o passar do tempo, o cérebro encolhe muito, o que afeta quase todas as suas funções.
Alzheimer é uma doença cerebral que causa um lento declínio nas habilidades de memória, pensamento e raciocínio.
Perda de memória que atrapalha a vida diária
Um dos sinais mais comuns da doença de Alzheimer, especialmente no estágio inicial, é o esquecimento de informações aprendidas recentemente. Outros incluem esquecer datas ou eventos importantes, fazer as mesmas perguntas repetidamente e cada vez mais precisar de recursos de memória (por exemplo, lembretes ou dispositivos eletrônicos) ou membros da família para coisas que costumavam fazer por conta própria.
Desafios no planejamento ou solução de problemas
Algumas pessoas que vivem com demência podem experimentar mudanças em sua capacidade de desenvolver e seguir um plano ou trabalhar com números. Eles podem ter problemas para seguir uma receita familiar ou manter o controle das contas mensais. Eles podem ter dificuldade de concentração e demorar muito mais para fazer as coisas do que antes.
Dificuldade em completar tarefas familiares
Pessoas com Alzheimer costumam ter dificuldade para realizar as tarefas diárias. Às vezes, eles podem ter problemas para dirigir até um local familiar, organizar uma lista de compras ou lembrar as regras de um jogo favorito.
Confusão com o tempo ou o lugar
Pessoas que vivem com Alzheimer podem perder a noção de datas, estações e a passagem do tempo. Eles podem ter problemas para entender algo se não estiver acontecendo imediatamente. Às vezes, eles podem esquecer onde estão ou como chegaram lá.
Problemas para entender imagens visuais e relações espaciais
Para algumas pessoas, ter problemas de visão é um sinal de Alzheimer. Isso pode causar dificuldade de equilíbrio ou de leitura. Eles também podem ter problemas para avaliar a distância e determinar a cor ou contraste, causando problemas ao dirigir.
Novos problemas com palavras ao falar ou escrever
Pessoas que vivem com Alzheimer podem ter problemas para acompanhar ou entrar em uma conversa. Eles podem parar no meio de uma conversa e não ter ideia de como continuar ou podem se repetir. Eles podem ter dificuldades com o vocabulário, ter problemas para nomear um objeto familiar ou usar o nome errado
Perdendo as coisas e perdendo a capacidade de refazer etapas
Uma pessoa que vive com a doença de Alzheimer pode colocar coisas em lugares incomuns. Eles podem perder coisas e ser incapazes de voltar atrás para encontrá-los novamente. Ele ou ela pode acusar outras pessoas de roubo, especialmente à medida que a doença progride.
Mudanças de humor e personalidade
Indivíduos que vivem com Alzheimer podem experimentar mudanças de humor e personalidade. Eles podem ficar confusos, desconfiados, deprimidos, com medo ou ansiosos. Eles podem ficar facilmente chateados em casa, com amigos ou quando estão fora de sua zona de conforto.
Cada pessoa é um caso único e, por isso, pode ter um ou mais destes sinais em diferentes graus. Muitos dos sintomas da doença de Alzheimer podem ser, também, sintomas de outras doenças como, por exemplo, depressão. Por isso, caso perceba alguns destes sinais, agende consulta com o médico. Lembrando que a doença de Alzheimer impacta não só a vida do paciente, mas todas as pessoas ao seu redor.
O importante é manter o bem-estar físico e psicológico da família e não delegar os cuidados somente a um membro. Não dá para ficar sozinho nessa hora. É importante haver troca de informações, pois a doença tem estágios.
A autora, Cenir Gonçalves Tier, é colaboradora desta revista e Doutora em Enfermagem. Docente do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, Uruguaiana (RS)
A autora, Tatiele Zago Bonorino, é colaboradora desta revista e discente do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA, Uruguaiana (RS)
Texto publicado na edição de janeiro/fevereiro de 2022