Artigos › 18/01/2024

MISSAL NOVO X NOVO MISSAL

Esse trocadilho merece algumas considerações para tornar nossas celebrações um encontro pessoal e vivo com Cristo Vivo, que faça arder os corações!

 

 

Por isso, a Constituição sobre a liturgia do Concílio Vaticano II determinou que fossem revistos os livros litúrgicos para facilitar a participação do povo nas orações, nos cantos, nos gestos e no porte do corpo!

O missal é o livro de onde o padre recita as orações da missa. Esse livro normalmente está numa estante próxima da cadeira do presidente da celebração e/ou sobre o altar.

No Brasil, desde o 1º Domingo do Advento (Ano Litúrgico B – 2023-2024) usa-se um Missal Novo. Novo na sua apresentação gráfica, na qualidade do material utilizado, na organização dos detalhes de impressão, na forma como são apresentadas as orações e as partes cantadas da missa. Por conta da sua diagramação e das novas orações que foram incluídas, o Missal novo tem aproximadamente 1250 páginas, quase 160 páginas a mais do que o atual. Isso já é significativo quando falamos da dignidade e da beleza dos livros litúrgicos dos quais o Missal é o mais importante deles.

Mas é bom saber que o missal novo não é um Novo Missal! E o que significa dizer isso? As orações da Missa que foram introduzidas no missal novo têm por finalidade apenas deixar mais claro, o mesmo e único mistério que os cristãos celebram desde o dia em que o Senhor Jesus, na última ceia, disse aos discípulos: “Façam isto em memória de Mim”. Por isso, se diz que em cada Missa a Igreja celebra a MEMÓRIA do sacrifício da cruz e da última ceia de Jesus com seus discípulos.

O Missal novo é a terceira vez que as orações da missa foram traduzidas para o português depois da reforma determinada pelo Concílio Vaticano II e promulgada pelo Papa Paulo VI, na Quinta-feira Santa de 1969. Por isso se chama: Missal de Paulo VI!

Compreender tudo o que diz respeito ao Missal e à celebração do Mistério Pascal de Jesus Cristo, que a Igreja celebra há dois mil anos e atualiza fazendo memória em cada missa, é um longo percurso que foge aos objetivos deste arquivo e possibilidades das páginas da Revista Rainha.

 

O que mudou?

Vamos nos deter em três palavras que se repetem com frequência no Missal: RESPOSTAS, ACLAMAÇÕES, RECITAÇÕES!

Se chamam respostas todas as vezes que a assembleia interage com o presidente da celebração concluindo alguma palavra ou convite que lhe é formulado. Isso acontece: na saudação inicial, no ato penitencial, depois da apresentação das oferendas quando o padre diz: Orai irmãos… no diálogo antes do prefácio: O Senhor esteja convosco… no Amém depois da oração da paz, ao receber a Comunhão e depois da bênção final. O povo também responde depois da proclamação das leituras e do Evangelho.

Por sua vez, a palavra Aclamação significa expressão de honra, mérito e louvor! Na Missa a assembleia aclama, preferencialmente cantando, depois da narrativa da instituição (consagração), nas fórmulas propostas durante a oração eucarística com o Amém final e na conclusão do Pai Nosso: Vosso é o Reino…

Para dar maior ênfase à participação da assembleia, as aclamações durante a oração eucarística foram reorganizadas pela equipe que traduziu o Missal simplificando algumas e modificando outras.

E, finalmente, todos recitam: O Confesso, o Hino de Louvor, o Creio, o Santo e o Cordeiro. Essas orações podem ser também cantadas, mas não com a mesma vibração de uma aclamação!

 

PADRE ÉLCIO ALBERTON

O autor, colaborador desta Revista,
é padre diocesano em Caçador (SC)
padreelcioalberton@gmail.com

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