Artigos › 07/10/2021

A Origem do Santo Rosário

Sua história

A origem do Rosário, segundo a tradição, está no costume dos antigos monges, de fazer suas preces, contando-as com o uso dos dedos das mãos ou mediante pedrinhas ou grãos. Na Idade Média (séculos X-XII), os fiéis costumavam rezar vários “Pais-Nossos” ou várias “Ave-Marias” consecutivos, quando não conseguiam recitar os 150 Salmos. Uma forte tradição na Igreja diz que São Domingos de Gusmão, enviado pelo Papa Gregório IX (1227-1241), para converter os hereges cátaros na França, recebeu a visita de Nossa Senhora, que lhe apresentou o Rosário como a arma para a conversão dos hereges.

Há muito tempo, os papas valorizam e recomendam, vivamente, a oração do Rosário, especialmente os últimos papas, sobretudo a partir das aparições de Lourdes (1858) e Fátima (1917). Em Fátima, Nossa Senhora disse aos pastorinhos que “não há problema de ordem pessoal, familiar e nacional que a oração do Terço não possa ajudar a resolver”.

 

A festa de Nossa Senhora do Rosário

São Pio V, Papa de 1566 a 1572, época final e de implementação do Concílio de Trento, em que foram organizados os livros litúrgicos utilizados até o Concílio Vaticano II, estabeleceu a atual configuração do

Rosário. Ele atribuiu à oração do Rosário a vitória naval de Lepanto, em 07 de outubro de 1571, que salvou o povo cristão da Europa de um grande perigo.

Por causa disto, introduziu a festa de Nossa Senhora do Rosário comemorada em 07 de outubro.

 

Origem do nome “Rosário”

Esta designação de “rosário” pode ter origem no costume de, em alguns lugares, o povo oferecer coroas de rosas à sua rainha. Os cristãos transferiram isto a Maria, a Rainha do Céu e da Terra: oferecer-lhe uma coroa de 150 rosas – Ave-Marias. Daí o rosário, mas dividido em três partes, resultando o terço.

Conforme outra fonte, viria de uma tradição popular, segundo a qual um monge rezava frequentemente 50 Ave-Marias, as quais se deslocavam de seus lábios como rosas que iam pousar na cabeça da Virgem Maria.

 

Sua importância e valor

No dia 16 de outubro de 2002, o Papa São João Paulo II promulgou a carta apostólica “Rosarium Virginis Mariae”. Por este documento, o Papa quis fazer um relançamento desta devoção querida da piedade popular e proclamou o ano do Rosário de outubro de 2002 a outubro de 2003, desejando que fosse acolhido com generosidade e solicitude.

Nesta carta, como ficava fora a pregação de Jesus nos mistérios, o Papa acrescentou cinco mistérios da luz (luminosos). Assim, o Rosário passa a ter 200 Ave-Marias (duzentas rosas) e cada série de cinco mistérios passa a ser um quarto. Mas, pela tradição, continuar-se-á a falar em rezar um Terço ou um Rosário.

O Rosário, formado no segundo milênio por inspiração do Espírito Santo, é oração de grande significado e destinado a produzir frutos de santidade. É oração cristológica, uma espécie de compêndio do Evangelho, que concentra a profundidade de toda a mensagem de Cristo. Nele ecoa a oração de Maria. Com ele, o povo cristão frequenta a Escola de Maria para introduzir-se na contemplação do rosto de Cristo e na experiência do seu amor infinito.

 

Uma oração cristológica

Mesmo que seja devoção mariana, o Rosário é oração cristológica, ou seja, tem Cristo como centro. Torna-se verdadeiro caminho espiritual, no qual Maria se torna mãe, irmã, mestra, guia para o Deus trinitário, socorrendo-nos com sua intercessão sempre eficaz.

O Rosário é oração contemplativa, bem de acordo com a figura de Maria que guardava e meditava no seu coração os mistérios de Cristo. Ele ajuda a Igreja a viver uma de suas características que é a da escuta de seu Mestre e Senhor. Pela contemplação a que ele conduz, favorece a assimilação do jeito de ser de Cristo, dos sentimentos e ensinamentos.

Por tudo o que significa, o Rosário é precioso exercício da piedade cristã e recurso a ser utilizado com zelo especial por todo o batizado.

 

 

MISTÉRIOS GOZOSOS (segunda-feira e sábado)

  1. A encarnação do Filho de Deus.
  2. A visitação de Nossa Senhora a Santa Isabel.
  3. O nascimento do Filho de Deus.
  4. A Apresentação do Senhor Jesus no templo.
  5. A Perda do Menino Jesus e o encontro no templo.

 

MISTÉRIOS DOLOROSOS (terça-feira e sexta-feira)

  1. A Oração de Nosso Senhor no Horto da Oliveiras.
  2. A Flagelação do Senhor.
  3. A Coroação de espinhos.
  4. O Caminho do Calvário carregando a Cruz.
  5. A Crucificação e Morte de Nosso Senhor.

 

MISTÉRIOS GLORIOSOS (quarta-feira e domingo)

 

  1. A Ressurreição do Senhor.
  2. A Vinda do Espírito Santo.
  3. A Ascensão do Senhor.
  4. A Assunção de Nossa Senhora aos Céus.
  5. A Coroação da Santíssima Virgem.

 

MISTÉRIOS LUMINOSOS (quinta-feira)

  1. O Batismo no Jordão.
  2. A autorrevelação nas bodas de Caná.
  3. O anúncio do Reino de Deus convidando à conversão.
  4. A Transfiguração.
  5. A Instituição da Eucaristia, expressão sacramental do mistério pascal.

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